sexta-feira, 30 de março de 2007

Eu na internet, feliz e contente, fazendo um flog pro meu irmão, porque ele pediu.
O nome que ele queria já existia, e ficamos pensando em outro. E eu falei: Colocar l.e.r, é lesão por esforço repetitivo, o seu no caso é pensar.

Ai ele vira e responde: porra, você fala que eu tenho l.e.r., eu vou pensar que é por outra coisa. que cruel.


AAHAHAHAHAHAH

agora toda vez que um garoto falar pra mim que tem isso, o que eu vou pensar dele?
PUNHETEIRO!


HAHAHAHAHA

post inútil e sem noção, mas eu não reisisti.
a propósito, o fotolog dele acabou sendo: www.fotolog.com/se___fudeu

segunda-feira, 26 de março de 2007

Irmão do meio (ou sobre ser obrigada pelo seu irmão a escrever um texto ¬¬)

Tenho 2 irmãos. hoje estou aqui para falar de um. Meu irmão do meio.

nem mais velho, nem mais novo, tendo que aturar a cada dia o peso de não ser diferente em nada. Não é o maior, não é o menor, o mais inteligente e nem o mais bonito. É apenas o irmão do meio. ¬¬

Como essa pobre, indefesa e desestruturada criatura faz para se sentir melhor? para sentir que faz parte desse mundo cruel, capitalista e selvagem?

É simples meus caros, muito simples: auto-estima! Meu irmão tem o ego do tamanho do mundo, inchado, torcido, roxo, luxado, fraturado! gigantesco, um verdadeiro troll o ego dele! Pode parecer estúpido, e até mesmo fala clichê de livro de auto-ajuda, mas a auto-estima dessa criança faz com que ele se sinta "o cara", mesmo sabendo aquela lenga lenga toda que já citei, sobre ser o do meio e coisa e tal.

Ao menos ele pode dizer: Sou o do meio, mas ninguém coloca no meu meio! Enfim, piada sem graça ¬¬

Estou aqui, gastando meus preciosos dedos, meu tempo, e um post do blog, falando coisas inutéis e em geral mentirosas sobre o meu irmão. E porquê? porquê eu amo ele? Porque ele é legal abeça? Não, ele está atrás de mim com uma faca nas minhas costas! Sim, tortura!

Para onde vai o mundo? Como querem acabar com a violência se nem em casa se pode ter mais paz?!

O que vamos fazer agora? Será que teremos que matar a família e ir ao cinema? será só imaginação? Será que vamos conseguir vencer? ÔÔÔÔÔ-ô!

Aiai, não sei. Só sei que minha cota de criatividade inútil se esgota aqui.
E nem deve ser tão chato ser o irmão do meio. Ao menos você não é o mais velho, que tem que ir ao banco e ser mais pentelhado pela mãe, e nem ser o mais novo, e ser pentelhado por você mesmo (ééé, o irmão do meio é o mais chato).

É. Deve ser até interessante as vezes ser o irmão do meio ¬¬


Chega.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Ódio, ódio...

Odeio quando tento chegar a cadeira pra frente e o fio fica embaixo, e trava, e eu ifico com raiva, empurro com força e quase arrebento tudo. Odei quando quero ir a algum lugar e não posso, quando estou contando alguma coisa e não tenho atenção, quando me sacaneiam, quando me fazem de idiota, quando me prendem por motivos imbecis. Odeio quando quero muito fazer alguma coisa e sou tolida. Odeio não poder fazer curso de francês porque o mundo resolveu que inglês é importante, odeio ficar com raiva a ponto de chorar, odeio chorar, odeio ter vontade de quebrar tudo, odeio quando essa vontade me dá dor no estômago a ponto de ficar mal, odeio dor no estômago em qualquer circusntância. Odeio muito tudo isso. Odeio carne, porque me dá dor no estôago e eu já disse que odeio isso. Odeio repetir que nem fiz agora. Odeio gente idiota, odeio não ter opinião sobre o mundo e ficar cada dia mais idiota, odeio me alienar por preguiça, odeio saber o que fazem as pessoas em outros lugares do mundo, mas não saber o que fazem as pessoas no meu país. Odeio ser burra, estúpida e idiota, odeio! Odeio quando garotos falam comigo todos docinhos e legais, e na verdade tem namorada, odeio garotos, e garotas, e mulheres, e homens. odeio pessoas!


Aiai, qunato ódio pra uma pessoa só né? ¬¬'
e nem acabei, só estou com preguiça.
Já que a maioria desses filhos da puta nem quer saber, então foda-se escrevo por aqui mesmo.



Tchau e benção!

terça-feira, 20 de março de 2007

Bloqueio.

Não sei o que escrever.

23:31h

tic tac tic tac.
Meu relógio não faz esse barulho.
Não faz barulho.

Computador e bloco a postos, caneta, lápis, borracha, tudo.

e eu bloqueada.

alguém em desbloqueia?
menuasterisco.
pronto.
jogo da velha seguidamente bloqueia de novo.
Ela odeia velhicisses.
e viva as estrelinhas do céu do aparelho de celular!

23:33h

segunda-feira, 19 de março de 2007


Bailarinas sempre me pareceram seres tão macabros, não lembro porque ou desde quando, só sei que sempre tive medo de bailarinas. Acho que até a mulher barbada me causa menos espanto do que uma bailarina, meiga e doce, leve, rodopiando pelo ar. Talvez meu pânico venha desde que ouvi "a ciranda da bailarina" pela primeira vez, o que faz muito tempo, visto que minha mãe AMA o Oswaldo Montenegro e, bem, ele canta a tal ciranda.
Bailarinas não tem erros, não tem falhas, não tem medo. Além dos calos nos pés e alguns ossos a mostra, o que eu particularmente considero um charme, não acho nada de errado em bailarinas. Elas são tão limpas, tão alvas, tão angelicais, um poço de perfeição pairando leve pelas ruas.
Talvez meu medo venha justamente dessa perfeição intocável, dessa aura, desse mito inatingiível que a bailarina é. Vocês podem pensar "que é isso, bailarinas são meninas como todas as outras", mas eu lhes garanto que não, estudei com uma bailarina e ela era toda essa perfeição medonha que citei acima.
É. Acho que é isso. A perfeição é que me dá medo, perfeição me assombra, me assusta mais do que filme de terror de quinta categoria, mais do que suspense bem filmado, mais do que jogos de câmera, perfeição é o que mais me assusta nessa vida!
E as bailarinas são isso pra mim, o símbolo do meu medo, e por isso tanto me assustam. Ou talvez eu seja só mais uma louca psicótica, com medo de coisas absurdamente lindas e/ou idiotas.
Só pra constar, palhaços também me assustam.

sábado, 17 de março de 2007



Amizade é algo tão complexo. Poruque se ama as pessoas que se ama? Porque escolhemos aquelas pessoas como amigos? Temos realmente poder sobre essa escolha? Acredito que não, assim como em relaiconamentos amorosos existe a famosa química, ela também existe nos outros relacionamentos, mas de formas diferentes.
Então um dia você está lá na escola, sentada, sem faze nada, e alguém puxa papo. Você conversa com a pessoa e em 15 minutos é como se você a conhecesse desde sempre, você vai a casa dela nos dias que se seguem, e um garoto se junta também e é da mesma forma pros três. Quando percebem, vocês saem juntos, tem os mesmos outros amigos e conversam sobre tudo. E as coisas seguem assim pelos anos seguintes, e não parecem querer mudar. Porque isso acontece? É a junção do destino, com a vontade das pessoas de se relacionarem e a abertura que você tem para o resto do mundo. Sim, achoque esse é um fator essencial: O quanto você está aberto as amizades.
Porque sentimos saudade das pessoas, de épocas, de lugares, de situações? O que faz com que isso aconteça afinal? Porque pensamos ter poder de escolha e controle sobre as pessoas que convivemos, mas quando a distância aparece, vem pra provar que não temos controle algum, que nossos sentimentos falam mais alto nessas horas, então basta um amigo se afastar, ou viajar, ou o que quer que seja, e sentimos uma falta enorme.
E isso me faz chegar a outro ponto: Quanto valor damos as pessoas? Acho que nunca o suficiente. Só percebemos que realmente amamos as pessoas quando elas estão longe. As vezes por costume de convivência, as vezes por leseira, o que quer que seja, as vezes não enxergamos as pessoas como deveríamos, e isso machuca.
Porque eu tô escrevendo isso tudo afinal? de onde surgiu esse assunto?
Acho que é saudade da Renata, que viajou.
Acho que é saudade da época do trio da Klaxon.
Saudade das tardes do terceiro ano, das semanas de prova.
Saudade, por perceber que eu reclamei aquele ano inteiro, e foi um dos melhores anos da minha vida, porque lá eu conheci algumas das pessoas que mais amo, naquele ano eu mudei completamente de vida, eu conheci gente nova, lugares novos. E eu não dei valor ao ano de 2005. Pensando bem, não consigo lembrar de nada ruim, nada grande que seja ruim, só lembro de coisas boas.
Ai. Que saudade boa que bateu agora.

quinta-feira, 15 de março de 2007

som.

É hora de acordar.
Dia novo, estresse, dor, cabeça, perna, joelho, braço.
citei cabeça?
é hora de acordar
estudo, lugar, pessoa.
beijo abraço desejo, sonho.
É hora de acordar. é?
não. ainda não. É hora de dormir de novo e esperar o dia.
Cabelo, corpo, mente, sino, badalo, vaca, puta, nojenta.
É hora de parar
pensa, sente, fala, xinga, resolve, não resolve, quer, não quer.
Liga o som.




escuta, é o silêncio te chamando.
não, é som.
não, é o silêncio do seu som, e o som é o silêncio do teu mundo.
você escolheu não ouvir em volta.
então é silêncio.
mas pra você é som.
então é som e silêncio.



É hora de acorar.
chora, reclama, grita, escova, limpa, lava, esfrega, beija, abre, fecha, anda, para, levanta, abaixa, entra, senta, som.


E o som te transporta.
pro silêncio.
e para.
para onde?
no ponto.


desce, anda, para, sobe, puxa, senta, espera.
olha, escuta, espera.
levanta, anda, roda, anda, respira, anda, volta, abre, fecha, senta, espera.
resolve.
anda, para, levanta, abaixa, entra, paga, roda, senta.
som.

Som, dorme.
dorme, som.
desliga, guarda, dorme.
acorda, levanta, puxa, segura, espera.
desce, anda, anda, anda.
chega.abre, fecha, anda, fala, abre, molha, limpa, esfrega, seca, veste.
deita.
dorme.
som.

terça-feira, 13 de março de 2007

Textos vomitados numa tarde de longa espera.

Passei hoje a tarde toda na minha quase antiga faculdade. Esperando para resolver um problema que não foi resolvido. Mas não entrarei em detalhes sobre esse assunto específico, estou aqui para passar o que escrevi enquanto esperava. lá vai:

Texto 1 - Realidade x sonho

Como você sabe que não está sonhando agora? Eu não sei. As vezes acredito naquilo (me foge o nome) que diz que não sabemos se vivemos num mundo real ou não. O que nos faz cere que quando pensamos sonhar não estamos acordados, e que o que chamamos realidade na verdade é o sonho (e digo "o" e não "um" , porque além de ter seguimento, é constante)?

No suposto sonho, acontecem coisas que nos parecem fora da realidade, mas não temos prova alguma de que não é real. E nessa hora você diz: Ué, mas eu acordo! E o que você usa pra me afirmar que a hora em que você acorda não é na verdade a hora em que você finalmente pegou no sono? Exatamente. Você não usa nada porque não existe nada!

Sim, eu estou sóbria. Só queria saber o que faz da realidade a realidade e não o sonho, e do sonho o sonho e não a realidade, onde é a linha que separa os dois, porque sinceramente, e impossível provar!

Então continuarei aqui, em minha saga na busca da realidade real mesmo, a verdadeira, não a sonhada. E tendo a certeza de que não, eu não estou louca e nem sou a única!!

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Cansei de digitar, amanhã digito o resto...

Considerações sobre o texto abaixo.

ficção livremente baseada em fatos reais ok pessoas?

Dupla personalidade por indução do tempo

Olhou ao redor, perplexa ao perceber o quanto era idiota. Reparou nas pessoas que estavam com ela, como eram vazias, como eram apenas vultos de uma vida que não lhe pertencia mais. Teve vontade de rir deles, de chorar por si mesma, de ir embora, de acender um cigarro e olhar com ar de superioridade praquela meia dúzia de adolescentes (como se fosse muito adulta e melhor).
Teve vontade de gritar o quanto odiava aquilo, a situação, o lugar, as pessoas, o tempo, o horário, tudo! Tudo lhe parecia absolutamente errado ali! Deveria estar dormindo àquela hora, deveria estar lendo, vendo televisão, conversando sentada calmamente em um bar qualquer. Deveria estar em qualquer outro lugar, com qualquer outro grupo, qualquer um que fosse.
O deslocamento lhe parecia maior a cada segundo desperdiçado, e a certa altura só lhe passava pela cabeça a idéia de que desperdiçara os últimos anos naquilo, desperdiçara a adolescência inteira com pessoas que não lhe acrescentaram em nada, e muitas vezes tentaram lhe tirar o que tinha. Sentiu-se então mais idiota do que no início, ao perceber o quanto deveria saber, o quanto deveria ser, quanto perdeu. Oportunidades, vida, momentos, pessoas, as perdeu em razão de amizades vazias, que talvez nem merecessem ser chamadas por esse nome. Teve então certeza de que o que realmente gostaria era chorar. E sentada na grama, o último lugar onde deveria estar naquele momento, chorou. Chorou de soluçar, como criança perdida, como pessoa a beira da morte, como viúva, chorou um choro de desespero e culpa, daqueles que nada pode parar, só o final.
E ficou por um longo tempo, um tempo daqueles que só é longo pra si mesmo, chorando, rodando, caindo no chão, se sentindo lixo. Agiu como não queria, agiu como não deveria, a bailarina bêbada, a rainha dos invertebrados, tudo aquilo que ela sabia que não era. E continuou sendo, até a noite acabar.
E é assim que ela termina, como sendo o que não é. Como sendo a mais imatura deles todos, quando sabe que é mais, bem mais. Como sendo alguém que precisa daquilo, quando sabe que pode passar por cima disso tudo. Agindo como nada, quando sabe que Tudo é só um passo a frente. E é assim que eu a vejo todas as noites quando chego em casa, ao menos as ruins, é assim que eu a vejo quando chego e olho no espelho. E ela me pede pelo amor de tudo pra sair, ela me pede pra eu ser eu e deixar ela ir embora. Mas a fraqueza é tanta que continuo na mesma, dando trela a quem não devo, dando assunto a quem não merece, tendo medo e me sentindo a mais burra. Eu me exponho sim, contando o que penso, mas me exponho também sendo essa figura idiota que me tornei, me exponho quando me irrito com tudo, me exponho quando tento sair disso e tudo conspira contra, quando faço o que realmente gosto e tenho que fazer sozinha, e isso me fraqueja mais e mais. Exponho-me sendo isso, e não sei mais ser outra coisa.


E é disso que eu falo quando digo que preciso sumir.
E é o que eu espero que entendam quando digo que essa não sou eu, nunca fui.
Essa é apenas a prima burra da minha inteligência, que veio passar as férias e nunca mais foi embora.
E o que eu quero ou vou fazer agora?
Sei lá. O futuro a mim pertence, e não a Deus. E é aí que mora o meu perigo.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Tédio

E eu disse essa semana, segundo música que ouvi, música esta que sempre ouvia e nunca conseguia descobrir quem cantava. Enfim, descobri e disse (repetindo): Ela nunca se sentirá entediada porque ela nunca será entediante.

Mentira. Eu não sou entediante e sinto tédio. Final de semana perdido em meio a programas mornos e desencontros frustrantes. E eu aqui agora, final de domingo, sem inspiração , com dor de cabeça, ainda assustada com o ônibus que prendeu na árvore. Porque essas coisas acontecem comigo? E porque só comigo?!?

Só sei que perdi o timming, o felling, e todas as coisas com illing no final. Perdi. Minha inspiração viajou pra Paris e me deixou aqui morgando, tentando escrever algo que preste, tentando resgatar meu jeito louco e sem nexo de colocar as idéias pra fora. Aquele jeito que todo mundo gostava. E o sarcasmo, a ironia e o humor negro estão junto com a inspiração, tomando café e rindo da minha cara.

O que minha vida virou? Em que curva do caminho eu perdi aquilo tudo? Perdi aquele brilho, o impeto, a coragem, aquilo tudo que fazia bem não só a mim como a todo em volta?! Em que lugar do armário eu guardei meu ânimo? Porque sinceramente, estou tentando à alguns dias esvaziar meu armário de tudo pra achar as coisas perdidas. Talvez depois de tudo eu consiga guardar o sono lá dentro, bem trancado, e saia com a alegria pra dar um passeio.

Eu não consigo entender a vida! Não consigo! Essa xoxidão me dá dor de cabeça.

Eu pensei ter entendido, pensei que tivesse jogado os últimos 6 meses no lixo, que tudo fosse ficar melhor agora, mas a capacidade que a vida tem de me esbofetear nas piores horas é incrível, e ela vem e me prova que eu estava errada, que a perda de tempo é agora, sempre foi, e talvez esses últimos meses na verdade estivessem mais perto do aproveitamento do que da perda.

Ou não. (como diz o Caetano, depois de ficar horas falando sobre um assunto.)

Eu quero ser um avestruz, quero um buraco na terra e um cercadinho. só isso.

Saco.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Observando e não aprendendo..

Um sapo caolha me observa enquanto escrevo aqui. E me dá a real sensação de estar sendo observada. E as vezes não é uma boa sensação: Quando acordo feia, quando me sinto mal, quando me sinto sozinha, quando me sinto estranha. Nessas horas ele parece sorrir pros meus problemas, parece rir ironicamente de mim, como quem diz "humana estúpida...", parece querer ofender ao me olhar fixamente (ou melhor, girando seu olho tonto) . No mais, a sensação é boa. Ele sorri pra mim quando me sitno bonita, e ri quando resolvo meus problemas. Ri pra mim e não de mim! Ele parece amigável e bonzinho.
Observação. Até onde vai o prazer humano em observar a vida alheia? Meu sapinho caolha é apenas uma web cam, mas quantos não gostariam de observar através dele e me ver? Quantos não se arriscam a pedir? Raras vezes permito. Porquê? Porque é a minha vida! Minha imagem! E não sou marionete para o prazer humano da observação.
Assim como meu sapo, o ser humano é cruel na maioria do tempo. Se delicia sorrindo maliciosamente a cada tombo do vizinho, a cada erro da estrela famosa. Dá gargalhadas a cada novo escândalo ncausado por princesas do pop enfurecidas, e coloca a foto da moça em estado deplorável como avatar do msn. Qual o prazer? Além de um ícone, ela também é humana nas horas vagas, e eu não vejo a mínima graça em rir da desgraça alheia. Nem a da estrela, nem a do vizinho. Acho mais deplorável quem observa com prazer os escândalos do que quem os comete.
E do alto dos pensamentos fico aqui, observando, sendo observada. Julgando, sendo julgada. Sim, apesar de abominar, sou apenas mais uma a observar e ser observada. Não chamarei de Big Brother da vida real, é clichê demais. É apenas o vouyerismo nojento do qual somos joguetes. E o que fazer afinal? Nada! é a natureza humana.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Viva \o/

Cá estou eu a escrever de novo. Meio sem saber porquê, mas quando foi que eu soube? Só sei que fui pra faculdade hoje, e consegui resolver meus problemas. Eu não gritei, não levantei a voz uma vez sequer, eu não reclamei e não usei ironia. Eu simplesmente cheguei, agi com educação e no final consegui resolver mais rápido do que deveria ter sido.
Fui na auto-escola também, falando pausadamente, pacata, peguei informação e ainda conversei alguns minutos com a menina que me atendeu. No ônibus voltando pra casa, a senhora que estava sentada ao meu lado puxou papo, e descobri que ela mora no condomínio perto do meu, que tem 2 filhos e que um deles foi assaltado semana passada. Vim pra casa me sentindo bem, mesmo sendo obrigada a dar razão a quem me disse (ela, sempre ela, sempre minha mãe!) que eu deveria ser mnos agressiva, mesmo estando certa, e que nunca se sabe os problemas pelos quais as pessoas passam. O pior é que eu sempre fui assim, educada, sempre fui aquela garota que a escola inteira conhecia pela educação, pelo carinho com que tratava todos os funcionários.
Se sempre fui uma boa pessoa, de onde tirei ser e agir assim como estava sendo nos últimos meses? De onde tirei a pose falsa e forçada? Se não sou eu, porque estava agindo assim? Não sei., só sei que ao menos parei a tempo de ser a boa e velha Dandara, a pessoa pacata e na maioria das vezes até lerda, mas que tem caráter e educação! A vida realmente é feita de altos e baixos, e nunca se sabe quando se vai cair. Um dia você está na frente do balcão, no outro pode estar atrás e ser humilhado da mesma forma que você faria, muitas vezes sem nem perceber!


Então é isso, despertar pra vida!
Pras pessoas, pros animais, pro céu, pro sol, pra tudo!
Acordar e perceber que existir é triste demais. Viva!

**Parte da lista das coisas que tenho que fazer antes de morrer. E essa é a conclusão de que realmente viver é o mais importante!**

domingo, 4 de março de 2007

Nostalgia

Ainda me lembro da estante, gigante, tão maior que eu, e eu pegando a saia de bolinhas que minha mãe tanto odiava. E eu achava linda, e coloquei, e ela chegou. Me lembro da parede com infiltração, que ficou amarela, e eu achava bonita, achava que era detalhe, pintura,e fazia descasquinhos, tirava pedacinhos. Me lembro dela falando "Agora sacode a cabeça", e meu cabelo ficar bagunçado, e parecer uma criancinha maluca. Me lembro do sofá, do armário da cozinha, do piso, da piscina de plástico do lado de fora, que me parecia imensa, dos camundongos que passavam as vezes por lá.
E em outro lugar, outro piso, outra cozinha, outro andar, motel mirante da janela, estrela cadente, vizinhos, televisão, vó, mãe me acordar de noite pra contar o dia. Miojo e massinha com ketchup, com feijão, com manteiga. Caverna do dragão, cavaleiros do zodíaco, cabelo puxado pra trás até a cabeça doer. Escola, cortar e colar, escrever, ler.
De volta ao começo, em outro apartamento, árvore na janela. Tacos soltos, joaninhas, caixa de papelão e xale de mesinha, caixa de papelão e madeira de estante. Beliche de ferro, tv, cozinha de pastilha, banheiro com banheira (que a gente nunca usava), área que dava pra ver os cachorros fedidos do vizinho de baixo, portas e janelas de madeira antigas, que faziam ruídos engraçados. Marinho nascer, crescer, andar, video game, televisão, bolo, torta, empadão. marinho de dente no butijão de gás. Escola, dizer que vim da lua, ainda lembro, afastavam as cadeiras pra eu passar.

E o tempo é que foi passando.
E eu fui crescendo, crescendo.
E mudando, e me mudando.
E agora eu dava tudo pra voltar.