quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Recomeços

De todos os meus recomeços, esse parece o mais concreto. Deve ser porque não planejei, eu simplesmente fiz. Tive uma atitude corajosa que mudou o rumo da história. Uma atitude que eu deveria ter tido a alguns anos atrás, mas e daí? O importante é que finalmente tive.

Eu tranquei, eu comecei a novo. De maneira geral, de maneira definitiva. Eu sou eu e nada mais me impede, porque eu não deixo. Eu não pergunto mais, eu vou e faço. Tem certos pontos na vida em que enxergamos claramente o que existe de errado. Quando chegamos a um desses pontos, entendemos a raiz do problema e assim podemos consertar. O que não tem remédio, remediado está, mas pro que tem, o melhor é medicar.

Durante muito tempo regrei minha vida pelo que os outros iam pensar. Eu comecei projetos sabendo que não dariam em nada, eu fui atrás de coisas porque alguém achava que seria bom pra mim. Não ganhei nada com isso além de decepção. Eu perdi sim, perdi tempo, um tempo precioso da minha vida. Mas o relógio não conta horas pra trás, então o melhor é olhar pra frente, sempre. Eu estou olhando, e eu vejo tudo muito lindo. Se alguma coisa der errado, já não importa mais: É o caminho que me importa, só o caminho.

Quem procura acha, quem atira pra todos os lados em algum momento acerta. Impossível passar a vida procurando, atirando, e nunca acertar, nunca chegar a lugar nenhum. Parafraseando o livro, pra quem não sabe aonde chegar, vale qualquer caminho. Meu caminho é composto por pedaços de azulejos bastante irregulares, bastante tortos, mas que no final formam um mosaico muito bonito. É o mosaico da minha vida e ele reluz.

Eu cansei de ser coadjuvante. De agora pra frente eu sou a personagem principal, nunca mais a melhor amiga.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O que me chateia é a forma como as coisas acontecem. Me importando com as pessoas, por mais que eu tente eu não consigo viver pensando 100% em mim. Não consigo focar dessa maneira que as pessoas conseguem, sem se importarem nem um pouco com os outros.

Andei pensando que isso provavelmente é uma coisa ruim, mas percebo que não. Se preocupar com os outros é bom, e quando a gente realmente se importa com alguém, não consegue deixar essa pessoa relativamente de lado por motivo algum.

Me sinto meio sozinha numa coisa em que não deveria estar. Quem quer se fazer presente faz, sempre dá uma maneira. Eu sempre dou uma maneira, é assim tão difícil? Não, não é. Mesmo eu sabendo que as coisas tem níveis de dificuldade diferentes para pessoas diferentes, sei que essa é uma coisa possível pra qualquer um.

Isso faz eu me sentir idiota.
Talvez eu seja.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Quero ir a um lugar que nunca fui e nunca mais irei e dar a louca. Quero ganhar um monte de dinheiro com qualquer coisa estúpida, e então comprar um terreno no interior e construir uma casa, tijolo por tijolo. Quero um lugar onde ninguém me ache, algum paraíso arborizado no meio da cidade, onde eu possa sentar e ler um livro e não ser incomodada por horas a fio. Quero que a cidade não sofra alterações, e que mais cicatrizes não surjam na forma de prédios modernos e ruas duplicadas. Quero que meu cabelo cresça muito rápido sem que eu nem perceba. Quero aprender um monte de coisas e conseguir um emprego legal. Quero um emprego, mas não quero entrar no sistema, não quero fazer algo que não goste. Quero fazer amigos e influenciar pessoas. Mentira, não quero. Quero só fazer amigos. Quero uma casa no campo, e eu já disse isso, mas é que essa frase soa realmente muito bem.

As pessoas não sabem dividir sonhos. Sabem apenas te incluir nos delas. Talvez você seja assim também. Talvez compartilhar seja muito mais difícil do que parece. As pessoas não conseguem deixar as outras falarem, e se sentem muito melhor quando ninguém tem opinião. Porque é muito mais fácil levantar a voz e se impor, enquanto todo mundo fica calado.

Está um baita dum calor nessa madrugada. São 4 e pouca da manhã e estou derretendo. Sinto minha cabeça esquentando no travesseiro, a cama ficando insuportavelmente quente, minhas pernas pedirem pelo amor de Deus por um balde de água fresca. Estava com vontade de ir a praia. Mas a preguiça e o medo de não estar estudando tanto quanto deveria me impedem de sair de casa e ir até lá. Nem precisava tomar banho, queria ir só olhar. Só curtir a vista e o som e as pessoas passando. Talvez se eu levar um livro de matemática ou química pra praia eu me sinta feliz. Talvez assim eu junte todas as vontades e fique tranquila.

Vontade. Será mesmo que dá e passa? Será mesmo necessário aprender a conviver com elas, dando vazão apenas aquilo que é aceitável no momento? Tenho uma porção de vontades ocultas, de sentimentos que guardo e que nunca vão sair. Eu tenho frio na barriga e arrepios quando penso em certas coisas que diria e faria e eu nunca vou dizer e nem fazer. Porque não cabe, porque não pode. Nunca fui de me conter, e agora me contenho. Concessões são necessárias para a verdadeira felicidade. Prazeres momentâneos são o que são, efêmeros, rápidos, dolorosos e devastadores. Eu não quero mais ser devastadora, eu já provei o gostinho do que é ser e não gostei. Aliás, confesso, gostei. Mas no dia seguinte o gosto na boca era amargo, então aprendi que não vale a pena. Vale mais manter essa calma, essa placidez. Vale muito mais.

Enfim, é isso. Eu falo demais. Pena que só falo demais quando to sozinha.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Eu ia começar a falar. Aí calei.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Eu tenho 2 meses pra estudar o que as pessoas estudam em 3 anos. Isso me anima e me desanima ao mesmo tempo. Conseguir se tornou o ponto crucial da minha vida. Não conseguir significa voltar a estaca zero e continuar nessa mesma. E eu definitivamente não quero isso.

Essa preocupação estoura bolhas no meu pé. Mas a minha fé em mim anda bastante grande ultimamente.

Enfim.
Sou uma fumante compulsiva.

Ok, isso não tem nada a ver com o quero dizer. Mas é que fumei demais hoje, e sinto que deveria fazer menos isso. Enfim, não era sobre isso que eu pretendia falar quando comecei a escrever. As palavras sairam sem que eu tivesse controle sobre elas. O que é controle afinal? É uma coisa que muitas vezes não tenho. A maioria das vezes até aqui. Agora me sinto sob controle. Sob o meu próprio controle. Eu ando me controlando, e isso não é ruim. Nem um pouco ruim. É mais como ter controle sobre mim, sobre minhas escolhas. É mais como auto confiança. Auto controle sempre pareceu pra mim algo dispensável, algo sem sentido. Como se sair fazendo as coisas como se não houvesse amanhã fosse a verdadeira felicidade. Mas o amanhã existe, não dá pra fugir. E quando a gente acorda, o arrependimento é tão forte que não vale a impulsividade.

Então que seja, controle. Que seja isso tudo, me sinto bem. Eu não tenho nada que gostaria de reclamar nesse momento. Ou talvez eu tenha e simplesmente não queira. Porque não faz sentido. Porque não faz diferença e porque, definitivamente, isso é uma coisa boa. Reformulando a frase, não tenho nenhuma reclamação que poderia fazer alguma diferença positivamente. E isso é bastante bom.

Tá. Chega.