Ontem alguém me olhou com olhos de brilho e sonho, enquanto eu contava histórias sobre minha relação com coisas antigas. Eu senti aquele brilho percorrendo meu corpo todo, tentando me levantar do sofá, do chão, do mundo. Querendo me fazer flutuar leve e mansa por aí. Eu sempre acho que vão achar idiota o que eu falo sobre meu amor por certas coisas. Mas perceber sinceridade num olhar que achava aquilo tudo lindo me fez repensar a vida. Me fez crer que alguém acha bonito esse modo com que poetizo a vida. Me fez crer que ainda existe gente que vê poesia também.
Daí ele se foi. Talvez pra nunca mais na minha vida. Talvez até o ano que vem ou até algum dia ou até nenhum dia. Ou fui eu que me fui e deixei pra trás? A vida tem dessas coisas de colocar algo ali pra depois levar embora. De deixar um vaso na beira da estante pra cair no chão. De fazer a gente cortar o pé nos caquinhos e xingar até a quinta geração. A vida tem dessas coisas que não compreendo mas tolero.
Mas ele me olhou com olhos de brilho e sonho.
They can't take that away from me.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Tenho um coração...
...bem melhor que não tivera.
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Que ele sente, e hoje percebeu sentir mais do que esperava, mais do que gostaria. Tenho um coração e bem melhor não ter porque doiria menos, bem menos.
Mas eu acredito sempre na esperança da renovação.
Talvez seja tudo que me resta nesse momento.
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Que ele sente, e hoje percebeu sentir mais do que esperava, mais do que gostaria. Tenho um coração e bem melhor não ter porque doiria menos, bem menos.
Mas eu acredito sempre na esperança da renovação.
Talvez seja tudo que me resta nesse momento.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Eu sou muito mais feliz sem ninguém pra atrapalhar. Sem ninguém pra dar opinião. A minha insegurança só existe quando estou acompanhada, e percebo que a solidão faz com que eu me sinta segura. Tenho minha família, meus amigos, meu trabalho. Tenho uma vida inteira pela frente, e vou me sentir assim mesmo no auge dos meus 90 anos, com minha piteira e meus quilos de maquiagem. Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho. Concordo plenamente com essa frase, mas discordo das interpretações que ouço e leio por aí. Eu não sou sozinha e tenho amor, e isso não significa necessariamente que eu precise de um namorado. Eu não preciso. Não gosto mesmo de precisar de nada, e acho que tornar esse tipo de coisa uma necessidade é suficiente pra pirar a cabeça de uma pessoa. Esse desespero por relacionamentos amorosos leva as pessoas apenas a tristeza, descontentamento e insegurança. Melhor deixar a vida correr e o que tiver de ser, será. Paciência é mesmo uma virtude, e tenho me percebido muito capaz de tê-la. Eu simplesmente não ligo mais.
É como eu disse outro dia, poetizando Zeca Pagodinho: Estou deixando a vida me levar e gritando a plenos pulmões "VIDA, LEVA EU!". Sem mais.
É como eu disse outro dia, poetizando Zeca Pagodinho: Estou deixando a vida me levar e gritando a plenos pulmões "VIDA, LEVA EU!". Sem mais.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Farra pra tudo é um bom remédio
Estou tentando me reconectar com o meu eu. Esse é um começo meio nada a ver, pra um texto com o título "farra pra tudo é um bom remédio", eu sei, mas sendo essa pessoa pequena e sem graça que me tornei a doença e a farra o remédio, posso então começar o texto dizendo isso. Eu me desprendi de quem eu era, e criei pra mim uma personalidade que na realidade nunca foi minha. Eu me convenci de que aquela era eu e me deixei levar. A gente nunca consegue manter esse tipo de coisa por muito tempo. Não vale a pena se policiar, se isso vai tirar a naturalidade. Não vale a pena consertar certos hábitos, pois são eles que nos tornam nós mesmos.
Achei que ontem não me divertiria. Achei que seria chato, sem graça, entediante. Mas não. Mordi a língua e me diverti muito. Conheci pessoas novas, cantei, dancei, falei. Um dia pra desopilar, pra desencantar dessa coisa toda de ficar no canto. Eu não sou mais a menina do canto faz tempo, eu sou aquela que vai pro meio da pista e da a louca, que dança horrores e ri descontroladamente. E alto. E gesticula, fala palavrão, fuma, bebe. Essa sou eu, não preciso mudar. Mais que tudo, não quero mudar.
Enfim, só sei que me diverti. Levantei hoje me sentindo finalmente voltando ao normal. Que venha a semana, porque depois de ontem ela só pode ser muito boa \o/
Achei que ontem não me divertiria. Achei que seria chato, sem graça, entediante. Mas não. Mordi a língua e me diverti muito. Conheci pessoas novas, cantei, dancei, falei. Um dia pra desopilar, pra desencantar dessa coisa toda de ficar no canto. Eu não sou mais a menina do canto faz tempo, eu sou aquela que vai pro meio da pista e da a louca, que dança horrores e ri descontroladamente. E alto. E gesticula, fala palavrão, fuma, bebe. Essa sou eu, não preciso mudar. Mais que tudo, não quero mudar.
Enfim, só sei que me diverti. Levantei hoje me sentindo finalmente voltando ao normal. Que venha a semana, porque depois de ontem ela só pode ser muito boa \o/
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Gelo
O mundo está mais gelado ou sou eu?
Me sinto a quilômetros de distância de qualquer ser humano, ilhada no meu mundo de sonho e fantasia. Quando alguém que eu esperava ser de uma forma se revela de outra, fico assim. Eu espero demais das pessoas, e sei. Mas pelo menos assim mantenho um padrão. Toda vez que aceito as coisas como são elas vão se acomodando até chegar a um ponto insuportável. Talvez seja só questão de compatibilidade, porque se existem pessoas que não me decepcionam, o problema não é meu. Melhor esperar alguma coisa do que não esperar nada, assim penso.
Fora que aqui é meu blog, minha casa, dos meus pensamentos. Tenho todo o direito de ser egoísta e egocêntrica, e achar que nada é problema meu. Ao menos dessa vez. Ao menos nesse post. Ao menos nesse momento.
Me sinto a quilômetros de distância de qualquer ser humano, ilhada no meu mundo de sonho e fantasia. Quando alguém que eu esperava ser de uma forma se revela de outra, fico assim. Eu espero demais das pessoas, e sei. Mas pelo menos assim mantenho um padrão. Toda vez que aceito as coisas como são elas vão se acomodando até chegar a um ponto insuportável. Talvez seja só questão de compatibilidade, porque se existem pessoas que não me decepcionam, o problema não é meu. Melhor esperar alguma coisa do que não esperar nada, assim penso.
Fora que aqui é meu blog, minha casa, dos meus pensamentos. Tenho todo o direito de ser egoísta e egocêntrica, e achar que nada é problema meu. Ao menos dessa vez. Ao menos nesse post. Ao menos nesse momento.
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