Puxe uma cadeira, se acomode mesmo.
Senta aí, não custa nada. Passe algumas horas comigo aqui no meu canto.
Porque hoje eu não vou ao canto de ninguém, vou ficar só por aqui.
Vai ai um bolinho? Come, é bom. Podemos ser amigos e conversar por horas sobre bolinhos de chuva, enquanto chove lá fora e o dia fica escuro, e os bolinhos acabam e o sol aparece. Entende como é significativo e complexo, comer bolinhos de chuva?
Nem pense em levantar agora, ainda temos muito pela frente. Agora que os bolinhos acabaram vamos tomar chá. Chá pra aquecer por dentro o que o mundo esfria. Não, eu não vou te dar colher de chá na vida não senhor, vou fazer você andar certinho, que gente errada não dá certo. Percebe o trocadilho que existe entre o chá e a colher?
Pode sim puxar a outra cadeira e apoiar o pé. Aqui pode tudo, a casa é sua, sinta-se a vontade. Odeio esse papo de visita, aqui quem chega fica, é de casa, e se vai, deixa saudades. E saudade num pode ser nessa casa, saudade é o tipo de coisa que não vinga. Nostalgia sim, saudade nunca!
Me conta de você agora. O que tens feito? Me conte dos seus amores e passados, e presentes. Me conte dos presentes que ganhou do natal, e de como a árvore estava especialmente mais bonita ano passado. Me conta de como você viaja na sua cabeça, e os lugares que ela visita.
E aquele abraço que eu te dei um dia, você guardou? Diz pra mim que os abraços e afagos não estão perdidos no esquecimento, e que você guardou eles na parte mais bonita da memória, junto com os abraços maternos, me diz que meus abraços e afagos fraternais repousam num canto ensolarado do tua cabeça.
Já disse pra ficar mais, não quero que vá embora agora, não agora. Não agora e nem nunca, que pra sempre eu te recordo e guardo aqui, nesse pedaço de infinito que eu chamo pensamento. Não vais embora pois além de não querer, não deixo. Vais ficar ai sentado, em meio a bolinhos, xícaras, chapéis, cadeiras, balanços e varandas.
E um dia eu vou parar e rir. E gargalhar. E suspirar aliviada por ter vivido, e por contar contigo nessa vida. E eu vou finalmente fechar os olhos e descansar, sabendo que nada foi em vão, e eu não poderia ter tido companhia mais fantástica. E quando eu abrir os olhos novamente, é você que vai estar lá. E é você que vai estar lá pra sempre.
Porque talvez amizade seja isso: A junção exata entre o que sonhamos e a vida real. Porque talvez amigos sejam isso: Aquelas pessoas que tornam essa junção uma linha imaginária e obsoleta, tão dispensável que com eles nos confundimos se estamos sonhando ou acordados. E você aí na cadeira é um desses, com certeza.
E por isso te ofereço todos os bolinhos de chuve e xícaras de chá que eu puder fazer na vida, desde que você fique sentado comigo aqui pra sempre.
-------------
Momento de mega inspiração, pensando nos meus verdadeiros amigos, que sabem bem quem são ^^
Senta aí, não custa nada. Passe algumas horas comigo aqui no meu canto.
Porque hoje eu não vou ao canto de ninguém, vou ficar só por aqui.
Vai ai um bolinho? Come, é bom. Podemos ser amigos e conversar por horas sobre bolinhos de chuva, enquanto chove lá fora e o dia fica escuro, e os bolinhos acabam e o sol aparece. Entende como é significativo e complexo, comer bolinhos de chuva?
Nem pense em levantar agora, ainda temos muito pela frente. Agora que os bolinhos acabaram vamos tomar chá. Chá pra aquecer por dentro o que o mundo esfria. Não, eu não vou te dar colher de chá na vida não senhor, vou fazer você andar certinho, que gente errada não dá certo. Percebe o trocadilho que existe entre o chá e a colher?
Pode sim puxar a outra cadeira e apoiar o pé. Aqui pode tudo, a casa é sua, sinta-se a vontade. Odeio esse papo de visita, aqui quem chega fica, é de casa, e se vai, deixa saudades. E saudade num pode ser nessa casa, saudade é o tipo de coisa que não vinga. Nostalgia sim, saudade nunca!
Me conta de você agora. O que tens feito? Me conte dos seus amores e passados, e presentes. Me conte dos presentes que ganhou do natal, e de como a árvore estava especialmente mais bonita ano passado. Me conta de como você viaja na sua cabeça, e os lugares que ela visita.
E aquele abraço que eu te dei um dia, você guardou? Diz pra mim que os abraços e afagos não estão perdidos no esquecimento, e que você guardou eles na parte mais bonita da memória, junto com os abraços maternos, me diz que meus abraços e afagos fraternais repousam num canto ensolarado do tua cabeça.
Já disse pra ficar mais, não quero que vá embora agora, não agora. Não agora e nem nunca, que pra sempre eu te recordo e guardo aqui, nesse pedaço de infinito que eu chamo pensamento. Não vais embora pois além de não querer, não deixo. Vais ficar ai sentado, em meio a bolinhos, xícaras, chapéis, cadeiras, balanços e varandas.
E um dia eu vou parar e rir. E gargalhar. E suspirar aliviada por ter vivido, e por contar contigo nessa vida. E eu vou finalmente fechar os olhos e descansar, sabendo que nada foi em vão, e eu não poderia ter tido companhia mais fantástica. E quando eu abrir os olhos novamente, é você que vai estar lá. E é você que vai estar lá pra sempre.
Porque talvez amizade seja isso: A junção exata entre o que sonhamos e a vida real. Porque talvez amigos sejam isso: Aquelas pessoas que tornam essa junção uma linha imaginária e obsoleta, tão dispensável que com eles nos confundimos se estamos sonhando ou acordados. E você aí na cadeira é um desses, com certeza.
E por isso te ofereço todos os bolinhos de chuve e xícaras de chá que eu puder fazer na vida, desde que você fique sentado comigo aqui pra sempre.
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Momento de mega inspiração, pensando nos meus verdadeiros amigos, que sabem bem quem são ^^
2 comentários:
Yeah |,,/
A coisa mais bonita que eu já li sobre o assunto, ainda mais tendo eu parte na inspiração ^^
É criatura, e pensar que nós já brigamos tanto por tanta babaquice, e hoje vc é minha irmã...isso mesmo, minha irmã...nos 2 sentido..
que bom ^^
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