quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ch-ch-changes

É engraçado como pessoas que você acha que nunca vão te decepcionar acabam te decepcionando. E te fazendo mal. E te magoando, na maioria das vezes por bobagens. É engraçado como pessoas que você considera acabam fudendo a sua cabeça por pouco, e te fazendo sofrer por coisas idiotas.

O bom da vida (talvez o melhor) é que o tempo passa. E ele passa e aparecem novas pessoas, novas situações, novos lugares. Eu costumava ser o cara sentado, esperando passar um ônibus fora de serviço. E eu ficava lá, independente do que acontecesse, eu continuava esperando. Só que chegou uma hora que cansou, eu cansei de esperar e resolvi seguir em frente. Então eu levantei a bunda do banco e fui andando, esperando que as pessoas estivessem atrás de mim. Mas quando olhei pra trás, veio a surpresa: eram pessoas completamente diferentes as que haviam me seguido. Pessoas que eu não esperava. E as que eu tinha certeza que estariam comigo ficaram lá, sentadas no banco.

Pra algumas pessoas a vida é cruel. E você pena e sofre e se esforça pra chegar aonde quer. Pra outras, é tudo muito fácil. Vem tudo de mão beijada, tudo simples, mastigado. Eu quero manter por perto as pessoas do primeiro grupo. Elas tem sempre mais a acrescentar, a falar, a ajudar e impulsionar pra frente. Porque só quem sabe o que é levar porrada sabe o que é preciso pra ajudar alguém a seguir em frente. Só quem batalhou e venceu sabe o quanto é difícil as vezes, o quanto dá vontade de desistir. Quem ganha tudo de mão beijada continua sempre no mesmo lugar, não cresce, não aprende. É cliché dizer, mas é só na porrada que a gente se supera, que a gente aprende nossos pontos fracos e tem a oportunidade de fortalecer ainda mais os pontos fortes. E eu sou assim, eu gosto de levar porrada da vida, pra no final ver que superei, que fui capaz.

Quando podia estudar na universidade particular, estudei. Quando não dava mais, passei pra pública. Quando quis mudar, mudei. Quando quis ficar, fiquei. E é da minha personalidade ir aonde eu quiser, na hora que quiser. Eu não sei esperar sentada. Eu me angustio. Eu fico aflita e acordada até tarde.

No mais, acho que a vida se encarrega de filtrar o que é bom e o que não é bom pra nós. A vida se encarrega de levar embora o que nos faz mal, mesmo que a gente resista e não queira que ela leve. Não vale a pena se afligir, porque tudo se acerta no final. Mesmo as coisas que não parecem tão boas a princípio. O problema é que nos acostumamos com certas pessoas e situações, e é mesmo complicado deixar passar, mesmo sabendo que nos fez mal. Só que eu cansei de estar nessa posição, eu quero andar pra frente, não ficar parada e nem andar pra trás.

Mas chega, tá bom. A vida se encarrega dos encontros. E dos desencontros também.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Desorganização.

Sou uma pessoa naturalmente desorganizada com tudo. Com as roupas e as gavetas e os móveis e com o principal, que me faz mal e costumeiramente fode minha vida: com o dinheiro. Não consigo me organizar e vira e mexe me vejo em desespero, vendendo o almoço pra pagar a janta, completamente perdida e sem dinheiro nem pra sair de casa. O problema é que eu não coloco a cabeça no lugar até que tudo desmorone e a coisa chegue a seu extremo. Eu dou passos maiores que meus pés. Eu compro coisas que não preciso, gasto dinheiro com besteiras e sempre acabo perdendo o controle.

Acho que o problema, no geral, é que não consigo tomar as rédeas da minha vida. Eu não consigo crescer. Continuo agindo como se tudo fosse ficar lindo no final, só que não vai. Não vai se eu não me organizar. Não vai se eu não parar de gastar dinheiro com coisas que não preciso. Enquanto eu não parar de perder o controle.

Eu não aguento mais esse desespero. E não aguento mais a minha impulsividade. Não aguento mais. Acho que vou passar janeiro inteiro trancada dentro de casa, pra voltar as coisas ao normal. Bate um desânimo, sabe? Se existe essa coisa de promessa de final de ano, a única que tenho a fazer é: Em dezembro do ano que vem eu estarei trabalhando. Ou isso ou internada num hospício.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Um ano

Estava aqui relendo minhas postagens do último ano, e fiquei meio abismada de saber que tanta coisa aconteceu nesse período. Parece que dava pra dividir os acontecimentos nuns dois anos diferentes. E eu não posso reclamar da vida, porque tudo se ajeitou. Tudo ficou bem, e eu fiquei mais calma, e as aulas já acabaram (parece que foi ontem que começaram) e o ano vai acabar.

Relendo tudo percebi que finalmente me desconectei de certas coisas que me puxavam pra longe de certas outras coisas. Tem duas coisas, em especial, que me prenderam por tempos, e eu finalmente me libertei delas, e é estranho pensar nessas duas coisas e não sentir absolutamente nada.

Meu primeiro namorado me prendeu por anos. Não com cela e corrente, mas pelo coração ou qualquer coisa que o valha. E qualquer relacionamento posterior acabava estragado pela comparação. Estragado pelo sentimento que eu ainda tinha, não por ele, mas por tudo que a gente viveu. Só que desconectou. Parece agora que morreu. Eu não sinto vontade de ligar quando estou mal, e eu não sinto vontade de passear com ele pelo centrou ou por lugar algum. É finalmente passado. E parece um passado muito distante.

A segunda coisa que me prendia era essa pessoa que ia e vinha da minha vida. E ele sumia e eu parecia estar sempre esperando ele voltar. Sempre esperando uma mensagem, um depoimento pra não aceitar no orkut, um telefonema. Eu parecia estar sempre esperando o dia em que ele decidiria que queria ficar comigo. Só que olhando pra trás, ele decidiu e eu não quis. Ele me pediu e eu disse não. E disse que não fingindo ser porque eu não era do tipo que entrava em relacionamentos, mas a verdade é que eu ia sair com meu atual namorado no dia seguinte. Só que eu nem sequer tinha ficado com o meu namorado. Eu mal conhecia ele e o no único papo que tinhamos tido, eu estava bêbada. Só que eu senti, de alguma forma, que era isso que eu devia fazer, e que não iria me arrepender, e eu não me arrependo. E é estranho que uma coisa que me segurou por tanto tempo atualmente não signifique nada. Ele me liga incontáveis vezes e eu não atendo, e ele me procura e eu não respondo, e ele fala comigo na internet e eu finjo que não vejo na maioria das vezes. E ele fica desesperado sem saber o que está acontecendo, e eu não me sinto no dever de contar porque ele nunca me contou. E eu não sinto nada em relação a isso.

A verdade é que, nesse quesito "relacionamentos", eu estou agora exatamente onde queria estar. Eu não tenho vontade de estar em nenhum outro ponto, em nenhum outro lugar, com nenhuma outra pessoa. Porque eu finalmente sinto que alguém me quer por perto, mesmo eu sendo chata, dramática e reclamona. E ele me irrita em 80% do tempo, e tenho certeza que é isso que me faz gostar dele a cada dia mais. Ele me irrita e isso é desafiador. Ele não gosta das mesmas coisas que eu, e não concorda comigo em tudo, e não faz dramas desnecessários sobre a vida, e me ajuda a enxergar tudo com clareza e a passar pelos problemas de cabeça erguida. Ele me ensina muito, e eu nem sei se ele sabe disso, mas espero mesmo ensinar alguma coisa pra ele em retorno.

Só sei que todas essas situações fizeram parte do mesmo ano, e é estranho ter tanta coisa num ano só. Parece pouco escrevendo, mas é coisa pra caralho. Além disso, teve a faculdade me fazendo feliz. Me fazendo sentir parte de alguma coisa, e conversar com pessoas, e querer voltar logo e ver todo mundo de novo. E eu nunca me senti assim antes.

A sensação que tenho agora, no final do ano, é que tudo está bem. Apesar dos pesares, foi um bom ano. O melhor ano dos últimos 5 anos. Um dos meus melhores anos. E quando ele acabar e 2012 chegar, caso o mundo acabe eu vou aceitar muito bem. Porque deve mesmo ser indício do fim do mundo, minha vida fazendo tanto sentido. Enfim.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Eu não sei ser feliz, e quando não tenho do que reclamar, procuro.

Só que, sei lá, dessa vez não tô achando.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Solidão

Acho que me empurro pra ela. Acho que gosto. Andar sozinha por aí, ver o sol se pôr, o sol nascer. Acho que não sei compartilhar. Eu sei, mas costumeiramente eu tenho preguiça. Seja por achar que as pessoas não vão compreender as coisas como eu compreendo (e é óbvio que todo mundo compreende as coisas de maneira diferente, a vida é isso), seja por acreditar que dá menos trabalho aproveitar os meus pequenos momentos sozinha.

Eu achava que fazia falta compartilhar, mas tenho percebido que não. Eu não sinto falta. Eu compartilho o que julgo compartilhável, e guardo o resto pra mim. Sem dor, sem pena, sem nada. Só guardo. Tenho tomado repulsa pelas pessoas. Eu tenho tido paciência pra bem poucos seres do meu convívio. Estou com essa sede desmedida do novo. Estou com essa sensação de sempre, de que só vale a pena deixar acompanhar quem quer. Porque eu cansei de acompanhar as pessoas. Eu cansei de ser sempre quem está posta atrás, andando atrás, por vezes correndo. Eu quero ser a pessoa da frente, pra variar. Eu quero ser, quando muito, a pessoa do lado. Mas estou sinceramente cansada de ser uma parte irrelevante da vida das pessoas. Sempre acabo dando mais importância aos outros do que dão pra mim. Sempre acabo achando que todo mundo continua valendo a pena, e impedindo a vida de seguir seu curso e levar embora quem deve ir.

Talvez a preguiça exerça sua força nisso também: é tão mais fácil conviver com o que já conhecemos. Mesmo sendo chato as vezes, na maior parte do tempo é apenas confortável. Daí o mundo se abre pra mim, e eu sento na porta e fico observando, sem conseguir levantar e caminhar pra frente. Tudo está bem, mas será que esse é o máximo que eu consigo alcançar?

Não sei o que quero da vida. Nunca soube, e talvez nunca saiba. Dizendo melhor, eu sei. Só que sei opções. E minha cabeça quer  todas da mesma forma. Uma parte de mim quer viajar o mundo e não se prender a nada. Quer ver, conhecer, experimentar. Outra parte quer vida pacata, quer casa, carro, filho, essas coisas tão normais. Só que quero as duas vidas com a mesma intensidade, e não sei o que escolher. Eu tenho 22 anos, e o tempo passa cada vez mais rápido. A hora de saber é agora. Não sei que tipo de emprego quero ter, não sei onde quero morar, eu não sei pra onde ir. Existe esse mundo de arte e gente estranha e conversas sem sentido e pseudo-intelectualismo. E eu não quero isso, mas e se um dia minha vida seguir pra esse rumo?

Fica todo mundo me falando que eu sou muito inteligente e tenho muito potencial, e eu me sinto pressionada a fazer coisas fabulosas com a minha vida. Só que eu não sei bem se quero. E nessa de tentar ser fabulosa, o tempo passa e eu sempre me sinto no mesmo lugar.

No mais, todo esse desejo de solidão e essas dúvidas são fruto apenas dos meus pensamentos. E eu devia não pensar e só seguir. Que tudo se ajeita. Que o caminho se faz ao caminhar. Que tudo vai ser lindo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ainda rock in rio

Foi fantástico, mas não tocou strawberry swing. Menos mal, porque eu choraria.

Enfim, sábado e domingo super lindos. Muito, muito lindos.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Rock in rio

Será fantástico. Mas super acho que vou chorar quando tocar strawberry swing. Sou uma banana.