sábado, 16 de outubro de 2010

Uma sexta feira

Ontem eu sabia que a noite ia ser boa assim que tomei coragem no ônibus de fazer uma coisa que sempre quis. Eu estava lá, alguém estava com o som tão alto que nem meus fones no último volume abafavam. A música ruim que o cara ouvia atrapalhava a minha alegria. Eu estava feliz, voltando da aula inaugural do curso que quis tanto entrar, o dinheiro depois de dias finalmente estava na minha conta e encontraria meus amigos minutos depois. Porque estragar essa felicidade permitindo que o som alheio atrapalhasse minha diversão no ônibus? Não, eu não deixei. Eu comecei a cantar AOS BERROS uma música do Odair José. Cantei beatles, clube da esquina e o que mais tocou. Todo mundo olhou pra minha cara, um menino riu pra mim, tive uma crise de riso. Pronto, eu estava feliz de novo. Cantei até o cara desligar a música, ou seja, funcionou.

Chegando na freguesia, encontrei as pessoas, comi cachorro quente da vó Norma, fomos pro bar. É engraçado que íamos ao castelo ontem, e não ir acabou se tornando muito bom. Ter ido não seria tão divertido. Cheguei em casa e o dia estava quase clareando, eu estava bêbada e contente. Impressionante como estar com os amigos apaga qualquer sombra de tristeza, qualquer sombra de problema. Eu posso não ter dinheiro, me sentir perdida na vida as vezes e quase explodir de ódio, mas enquanto tiver amigos nada, NADA disso vai durar por muito tempo. E o melhor da minha vida, com toda certeza, é isso.

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