sábado, 16 de outubro de 2010

Me sinto como se estivesse vendo minha vida de fora. Eu sei tudo que tenho que fazer, mas simplesmente não consigo. Eu não consigo processar e executar, fico apenas observando, como se aquela pessoa ali vivendo fosse um boneco levado pelos ações dos outros e eu, a parte consciente, estivesse de fora olhando e rindo, pensando "como é engraçado se deixar levar". Mas aí a vida vai e ri por último. E quem ri por último sempre ri melhor. Ela ri enquanto embaralha meus pensamentos, meus sentimentos, minha ações. Ela ri enquanto vê a consciência voltar àquele corpo que se deixava levar e que se vê nesse momento no olho do furucão, num redemoinho, numa situação que mais parece um cadarço cheio de nós. A vida fica lá, dando risada enquanto eu me ferro.

Eu preciso tomar as rédeas pra poder rir por último. Eu preciso pôr em prática as decisões que sei, preciso tomar. Eu preciso de coragem, força, fé. Já percebi o que preciso, sei bem do que me faz bem e do que me faz mal. Só falta ação agora, só isso.

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