domingo, 25 de julho de 2010

Harvest moon

Antigamente bastava ouvir a introdução dessa música pro meu olho encher de lágrima e eu desandar de chorar. Esse tempo, estranhamente, felizmente, passou. Estou ouvindo a música nesse momento, e nenhum sentimento toma conta de mim.

Acho que amores que passam são como pessoas que morrem. O processo, o luto, é o mesmo. E mesmo quando nos encontramos amando outra pessoa, aquele sentimento pode ainda existir, resistir, procurar uma brecha pra voltar. Mas como mortos, um amor não volta. Não existe reencarnação de amor, não existe amor zumbi, amor vampiro, amor morto-vivo algum. Amores morrem, e só agora percebi.

Eu sou sincera e digo, no início eu ainda amava. Eu ainda me sentia triste, ainda que uma parte de mim estivesse seguindo adiante. Eu ainda sentia quando ele estava triste, quando estava feliz, quando sentia saudade de mim, assim como ele também sentia. Só que sem que eu percebesse, isso acabou. Eu não sinto mais, e nada poderia me fazer mais feliz. Eu não sinto mais e parte alguma de mim ainda deseja que esse amor tivesse dado certo. Não nasceu mesmo pra dar. Aliás, deu certo sim: Deu certo enquanto durou.

Enfim, esse post é quase um texto de despedida. Quase o que eu escreveria na lápide desse amor que acabou. "Tudo passa. Até uva passa"

Finalmente, passou.

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