Passei o dia envolvida com um mistério envolvendo a família Vanger. Envolvida também com algumas xícaras de café com leite e um prato de salsichas que apelidei carinhosamente de coquetel Molotov. Explico: A mistura de pimenta jalapeño, catchup picante, dois tipos de mostarda e maionese de alho e cebola que coloquei por cima são suficientes para garantir uma explosão intestinal, que resultará em alguma dor nos próximos minutos. Ou não, levando em consideração que meu estômago tem cooperado bastante nos últimos tempos. Já não sinto mais as dores quase insuportáveis de antes, e acho que o que quer que eu tinha se curou espontaneamente.
Voltando ao mistério, Stieg Larsson me faz ter vontade de conhecer a Suécia. Me deixou completamente envolvida com o assassinato, embora eu acredite que Harriet está afinal viva. Não sei, ainda não cheguei ao final e possivelmente estou errada. Só vou saber daqui a umas 200 páginas, que pretendo terminar de ler ainda hoje.
Acho engraçado o poder que os livros tem sobre mim. Deve ser por isso que instintivamente os evito o máximo que posso. Não no sentido que "evitar" possa evocar a mente, mas de um jeito bizarro e que só a mim compete entender. Tentarei explicar ainda assim: Sei que, se o livro for bom (o que costumeiramente acontece com os livros que compro ou pego pra ler. Não sei, tenho uma espécie de intuição literária), após começar a leitura não conseguirei parar enquanto não terminar. Isso faz com que me isole completamente do mundo e dispense a convivência com seres humanos. Desde pequena sou assim, sempre preferi os livros. Eles geralmente me dão mais entusiasmo que pessoas, e isso deve ser errado. Não sei, só sei que evito enquanto posso, e isso geralmente não significa muito tempo.
Então lá vou eu voltar pra Lisbeth e Mikael, pras salsichas que estão esfriando no prato e pra minha xícara de café com leite. Eu gosto de livros. E de mistério. E de xícaras. E de café com leite.
Mas prefiro cappuccino.
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