sexta-feira, 30 de outubro de 2009



As vezes fico pensando em qual é o meu maior talento. Penso muito nisso. Acho que todo mundo tem um talento realmente grande pra alguma coisa, seja ela qual for. Alguns tem talento pra projetar um prédio, outros pra construí-lo. Um não vive sem o outro, e isso me faz pensar que ambos mereciam ganhar o mesmo, independentemente do tempo que estudaram ou não pra fazer aquilo (mas isso é assunto pra outro post...rs...). Acho realmente que certos talentos são desvalorizados, como se a pessoa fosse menos por ser muito boa naquilo.

Enfim, voltando aos meus pensamentos. Tem dias em que acho que meu maior talento é escrever. Escrevo textos e mais textos em questão de minutos, tenho uma penca de idéias e sei exatamente como desenvovê-las para passar a mensagem que quero a quem vai ler. Em outros dias acho que meu talento é cozinhar, e passo o dia na cozinha, preparando coisas e inventando receitas. Algumas vezes, em compensação, tenho um bloqueio e não consigo nem escrever, nem cozinhar (o que acontece pouco, ainda bem: quando não estou bem pra uma coisa, sempre estou bem pra outra...hehehe).

Estava hoje na cozinha fazendo bolinhos de banana (maravilhosos por sinal, com cobertura de paçoca, de chocolate e de chocolate com paçoca *-*) quando pensei que meu maior talento não é uma coisa nem a outra. Sou boa em deixar as pessoas felizes. Alegrar alguém me deixa mais feliz do que qualquer outra coisa. Seja escrevendo algo que ela precisa ler ou cozinhando algo doce e gostoso pra animar seu dia. Meu maior talento é saber exatamente o que as pessoas precisam pra se sentirem queridas e aconchegadas. Eu nunca conseguiria viver distante das pessoas. Não sou do tipo que se isolaria com facilidade, definitivamente não consigo viver sem pessoas por perto.

Pensando ainda sobre coisas relacionadas a isso, percebi que sou uma pessoa bem família. Mesmo com todos os problemas ou discussões, eu não viveria sem eles. Eu amo minha família demais, assim como amo meus amigos, que considero a família que ganhei da vida. Eu não ligo pra status, não quero conhecer as pessoas influentes nem viver de badalação. E eu sei porque já vivi e não me disse nada. Tenho um amigo que adora conhecer "quem importa": Sempre sai das festas conhecendo o DJ, os organizadores e etc. Já andei bastante com ele, e por isso sei o quanto esse tipo de vida é vazio. No final da noite você chega em casa e não tem nada, não tem ninguém. Você chega em casa sendo exatamente o que era quando saiu, um anônimo pro mundo todo. Um anônimo que conhece quem faz, mas que no final não faz nada.

Sou infinitamente mais feliz sendo eu e vivendo minha vida. Taí, talvez meu talento seja esse. Talvez eu tenha talento pra ser eu mesma, pra ser feliz. No fundo acho que todo mundo tem, mas infelizmente a maioria das pessoas não descobre, ou quando descobre é tarde demais. Torço mesmo é pra que todo mundo descubra, se encontre e viva bem. Porque a felicidade que existe na capacidade de se assumir é indescritível.

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