Finalmente ela chega, me empresta a chave, eu hiper atrasada, "seu cabelo está dobrado", eu sei mãe, eu dormi com ele meio molhado. "você vai sair com ele asim?", não mãe, vou passar chapinha. Mais tempo disperdiçado com coisas inúteis, briga pelo secador, sair correndo.
Capuz, chuva, apagar de novo no ônibus. Acordei no ponto final, olhei o shopping e pensei: Não vou pra aula, vou virar, atravessar e andar na praia, não é Montauk, mas Joel poderia estar me esperando. Parei. Voltei, fui pra aula. Eu lá, uma melancoliazinha chata tomando conta de mim, me fazendo pensar que nada mais daria certo, e que a semana ia passar e acabar e só. Chego a porta da sala e escuto um "hey", olho. Meninas conhecidas. Vou até lá, e quando percebo estou rindo e ouvindo elas falando. Sala de aula, ouvir trabalhos, apresentar trabalho. Esqueci minha parte em casa. Ok. Apresento, falo, gaguejo, o tempo passa entre risadas, assuntos bobos e vontade de dormir.
Saio de lá, me chamam pro auditório. Exposição de fotos. Banda de um menino que faz aula comigo tocando. Lá pelas tantas descubro que é uma banda que eu ouvia no segundo grau e sempre gostei. Lembro coisas, fico feliz e coisa e tal. Canto uma música e percebo que é hora de ir embora. Ao sair reparo num rapaz parado próximo a porta. Parado não, saculejando no passo do elefantinho. Saio e ele me olha, e viro pra trás e ele saiu também, olhando com cara de quem procura. Comento com a menina ao meu lado o quanto isso é inacreditável: Quando estou mais blue, mais mal, mais pra baixo, quando sou a representação melhor da melancolia é quando mais reparam em mim, é quando mais me querem. Começo sinceramente a acreditar que a tristeza me cai bem.
.epontofinal.
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