Estou na tpm e percebi a uns quinze minutos atrás. Tempo suficiente pra achar que todo mundo me odeia e eu odeio todo mundo. Sorte ter percebido, porque deu pra me controlar e não querer matar o mundo e chorar todas as lágrimas presentes no meu corpo. Eu odeio tpm, mais que tudo. Odeio porque fico tensa e esquisita, e quero ao mesmo tempo todo mundo perto e todo mundo longe.
Pra completar a alegria, estou com tersol. Ninguém merece ter tersol. Minha cabeça tá doendo horrores, meu olho tá doendo horrores, minha existência tá doendo horrores. Eu não merecia esse tersol. hahahahhahaa.
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Páscoa. A primeira páscoa estranha da série de páscoas estranhas que virão. Eu só queria família reunida, comida legal e risadas, é pedir muito? Queria não estar com essa vontade de chorar, que eu sei que não é só tpm. Eu falo e falo, mas é sempre superficial. Não consigo dizer a ninguém como me sinto, e toda essa mágoa guardada é tão ruim. As vezes dá vontade de gritar, sem medo de quem vai ouvir. Acho que passar a semana em guaratiba, mais do que por conforto, é uma válvula de escape da realidade que minha vida tomou. Meu pai não me conhece, não sabe do que vivo ou do que passo. Ele sabe das coisas no limite que as conto. Sendo assim, conviver com ele é muito mais fácil do que voltar pra casa e ver os problemas.
Fico aqui tentando lembrar um período em que minha vida tenha sido fácil ou boa, e esse período simplesmente não existe. Eu não consigo entender de onde tiro essa esperança idiota, esse pensamento de que as coisas vão ficar bem pra mim e que serei plenamente feliz. Porque a vida, até hoje, não me deu motivo nenhum pra acreditar nisso.
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É, é isso. Por alto. Vida, facilita, eu to cansada.
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