quinta-feira, 4 de março de 2010

É melhor brilhar. Sempre.








Mente minha, me dá brilho e coragem, que é só do que eu preciso. Brilho pra sobressair nesses dias nublados que tem feito, e coragem pra abrir a boca e deixar essa merda dessa timidez de lado. Porque eu não aguento mais conviver com ela. Com essa vontade enorme de soltar essa criatura louca e faladeira que existe em mim, e sair dando bom dia/tarde/noite pra todo mundo.

Segunda feira percebi o quanto sou tímida. Eu cheguei na faculdade e a entrada tava cheia de fumantes. Fui pedir um isqueiro emprestado, porque esqueci o meu em casa. Eu comecei a tremer de nervoso. Pra pedir uma merdinha de um isqueiro emprestado. Eu sorri esse meu sorriso bobo e simples, e agradeci e saí. Eu me acho boba e simples, não num sentido ruim. Boba e simples de um jeito bonitinho, mesmo que acredite que diminutivos não cabem nesses meus 1,80 de altura.

Mente minha, me dá brilho e coragem e só. Que com eles tudo vem. Me dá um tom de voz mais alto dentro da sala de aula, só pra que alguém me ouça quando falo. Acho que tenho esse eterno medo de falar merda. Mas as pessoas lembram de mim, já percebi que sim. Hoje encontrei duas professoras de períodos passados. Uma de direito, do segundo período (idos de 2007), e outra de jornalismo do período passado. Ambas lembraram de mim, sorriram ao me ver e falaram o mesmo "oi querida, tudo bem?". As pessoas não esquecem, e eu nunca sei bem porque. Não deve ser só o metro e oitenta, eu devo mesmo ter algo mais.

Mente minha, me dá brilho, me dá coragem, pode ser? Da pé? Me dá força e voz pra que eu não crie ferrugens azuis pelo corpo. Me dá um pouco mais da atitude que tenho fora da faculdade, pra que eu possa usá-la dentro dela. Me dá aquela coragem de primeiro período, e a capacidade de rir de mim mesma se falar besteira. Me dá as velhas crises de riso, e um pouco menos de preocupação.

Mente minha. Mente minha. Pare de me pregar peças, e me permita ser eu mesma, só pra variar.

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