quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Sobre a falta de capacidade humana (e o que ela influi na vida alheia)

Certa vez alguém me disse, após ouvir em que período da faculdade eu estava: "Ah, mas você ainda tá vivendo o sonho", como se fosse impossível estudar jornalismo e trabalhar com isso, viver pra isso e disso. Ok, é difícil como em qualquer área hoje em dia. É difícil principalmente se você quer ser a Fátima Bernardes. Mas, por outro lado, se você quer ser um jornalista, um comunicador, a coisa fica muito mais fácil.

Não tenho pretenção alguma de ser a próxima estrela jornalística da Globo. Nem do jornal O globo. Eu não quero trabalhar em um lugar onde ganhe muito sem liberdade de expressão, sem poder falar o que realmente penso. Acredito na imparcialidade do jornalista, mas acredito que imparcialidade e maquiagem de notícias são duas coisas bem diferentes. Eu quero poder falar sobre o que penso, sobre o que gosto. Quero poder mostrar a realidade como ela é, não disfarçada por motivos políticos.

Sei bem da minha capacidade, e sei que chegarei onde quiser. Seja fazendo meus doces, seja escrevendo. Eu tenho talento, e talento não se compra. Você pode estudar numa faculdade mega conceituada e ainda assim ser uma ameba. Gente burra existe em todos os lugares, então chega dessa história de ser definido pelo lugar onde se estuda. Eu odeio isso com todas as minhas forças.

No mais, estudando na Estácio, que todo mundo diz ser uma merda, estou bem. Minha força de vontade está me levando além: Estarei, junto com uma pessoa mega experiente na área, a frente de um projeto maravilhoso de mídia comunitária. Um projeto do qual vou ter orgulho de fazer parte. Muito mais do que se estivesse estagiando num grande jornal. Muito mais do que se estivesse estagiando na tv Globo. Porque, como disse Dumbledore, "São nossas escolhas que definem quem somos, não nossas habilidades". Minhas habilidades me permitem fazer o que eu quiser da vida. Me permitem estudar onde quiser, chegar onde quiser. Mas são minhas escolhas que me definem. E eu escolho manter meus princípios.

Então, que me chamem sonhadora, alienada, que digam que vivo com a cabeça no mundo da lua. Eu não me importo. Quando deito a cabeça no travesseiro a noite, estou feliz e tranquila, sabendo que o caminho que sigo leva exatamente aonde quero chegar.

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