sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Porque eu odeio o twitter

Eu acho uma coisa totalmente sem propósito. Não conseguiria me adaptar a tão pouco espaço, nem a falar a todo instante o que estou fazendo. Aliás, falar o que se está fazendo virou uma coisa completamente secundária por lá. O bom é conseguir ser legal, profundo ou engraçado usando tão poucos caractéres. E qual o propósito disso tudo? Ser seguido. Todo mundo quer ser seguido. Todo mundo quer ser famoso, e é mais fácil ser famoso com um twitter ou um blog banal do que falando algo que preste. Todo mundo quer patrocínio pra falar merda, quer receber brinde em casa e trocentos comentários vazios do tipo "amo você XD", vindos de pessoas que não te conhecem nem o mínimo pra gostar, que dirá amar.

Acho que nunca vou me adaptar a essas ferramentas virtuais mais modernas. Eu não nasci pra isso. Eu trocaria agora mesmo meu computador por uma máquina de escrever e uma enciclopédia Conhecer, mas como tento me adaptar a pelo menos alguma coisa, continuo por aqui.

Já experimentei do prazer dos vários comentários, dos seguidores surgindo do nada e dos pedidos "posta isso", "posta aquilo". Durou uns dois meses. Na primeira semana foi super legal, mas depois me parecia uma obrigação. A coisa vai ficando meio doente, porque você pensa "se eu não postar agora, as pessoas vão parar de comentar". Um belo dia enchi o saco e larguei de mão. Prefiro o total anonimato, o blog sem comentários e essa vida pacata, até o dia de ser reconhecida por alguma coisa descente. Por alguma coisa maior, mais importante, que beneficie realmente alguém.

E esse tipo de coisa, definitivamente, não se consegue respondendo o que se está fazendo agora. Vai muito, muito além de você. Vai além do pessoal, está no extremo oposto: Significar alguma coisa não é ter seu nome lembrado, mas sim ver o que você fez ajudando uma porção de gente a seguir em frente. E isso é totalmente coletivo.

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