segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O amor é filme.

O amor é filme, como diz a música. Mas um filme com uma trama complicada, elaborada, de difícil compreensão. Um filme daqueles que te deixam por tempos pensando nele, tentando juntar todos os pedaços e entender.

Seria lindo se fosse tudo comédia romântica, simples, fácil: Conhece/detesta/Se apaixona loucamente/happily ever after. O problema é que nas comédias românticas o "felizes para sempre" dura até os créditos subirem. E depois? O que acontece? A mocinha provavelmente se enche o saco de tanto amor e perfeição, e dá no pé com um motoqueiro que coça o saco e cospe pro lado. Ou não. Eles descobrem que são pessoas diferentes, mas nem por isso se amam menos. E eles percebem isso e tentam encaixar as pecinhas do quebra-cabeças.

Talvez se tudo fosse lindo e fácil, não valeria a pena, como todas as coisas lindas e fáceis (menos pudim de leite e gelatina, que são lindos e fáceis e valem MUITO a pena). Se fosse tudo assim tão simples, a mesmisse tomaria conta, e o amor iria embora(ou ao menos ficaria estagnado e sem graça). É isso que acontece com a maioria dos casais iguais: Uma hora tudo vai embora, porque não existe a necessidade de evolução, de compreensão. Sim, todas as pessoas são diferentes, mas mesmo nas diferenças existem pessoas que se parecem mais e pessoas que se parecem menos. A graça está em ir além da zona de conforto, tentar entender, compreender, aceitar. Certas coisas parecem inicialmente incompreensíveis e inaceitáveis, fato, mas mesmo essas se acertam com o tempo, quando existe disposição pra isso.

Como diz outra música, "os opostos se distraem, os dispostos se atraem". Estar disposto é primordial pras coisas darem certo. Sem disposição existem apenas opostos distraídos, numa coisa que não vai pra frente. O amor é filme, e definitivamente não é comédia romântica. Eu não sou a Meg Ryan e meu namorado não é o Tom Hanks. Não nos conhecemos numa circunstância romântica e bonitinha, mas nos ignoramos a primeira vista. Opostos totalmente distraídos. Não tivemos tempo de desenvolver nenhum tipo de sentimento antes do amor, e isso é estranho pra vida real. É estranho e foi lindo e cinematográfico a primeira vista, porque como eu já afirmei, o amor é filme. Mas como eu também já disse antes, não é comédia romântica, então agora começa o real caminho. Agora vem a trama elaborada e de difícil compreensão.

Mas tudo bem, porque eu acredito realmente que o amor é filme. E como eu sou pateta e romântica apesar de tudo, eu acredito em final feliz. Aliás, não. Eu não acredito em final. Eu acredito em início. Então agora é o início de tudo, e com todo amor que sinto, eu só posso querer uma coisa: Que tudo dê certo, como tiver que ser, pelo tempo que tiver que ser.

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