sábado, 12 de maio de 2007

Dias estranhos

Ando vivendo dias estranhos. Ando vivendo. Ando com os pés no chão e a cabeça na lua, mas os pés me fazem tentar puxar a cabeça pro chão também, me fazem tentar ser "adulta", agir bem, agir com cautela, ser menos colorida, menos impulsiva, menos maluca, menos eu, menos tudo. Eu não quero ter que crescer, se crescer significar não sentir, significar tratar pessoas mais novas como se fossem idiotas. Eu não quero crescer se isso for me fazer deixar de fazer o que eu gosto. Eu não devo nada a ninguém, eu não tenho magoado ninguém com as minhas atitudes, então não acho que deva mudar.

Mas ainda assim meus pés me puxam violentamente pro chão, e isso faz com que as vezes eu fique pra baixo, eu me machuque sem motivos, e apenas por pensamentos meus, sem envolver mais ninguém. É estranho ficar mal as vezes sem motivo, mas tenho certeza de que os motivos estão na minha cabeça, e são só esses: a pressão externa pra "crescer", "amadurecer", e coisas do tipo. Eu não vejo nada de imaturo nas minhas atitudes, sinceramente. Por isso não vou mudá-las, não vou mudar meu jeito de ser mais. Só vou ficar mais calada, porque já reparei que contar certas coisas as pessoas faz com que elas te julguem boba, ou infantil, simplesmente porque elas não sentem.

Sabe o que me deixa feliz nisso tudo? Saber que já servi de suporte pra todas as pessoas que já me julgaram imatura, e me deixa extremamente bem saber que não julgo ninguém, não dessa forma. Eu simplesmente tomei consciência de que amadurecer não tem absolutamente nada a ver com deixar de fazer o que gosta. E que se é pra crescer, ok, as minhas atitudes então só tem consequência pra uma pessoa: Eu mesma!

Blah. Sei lá.
Chatão isso.

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