domingo, 4 de setembro de 2011

Eu poderia fazer uma lista sobre a quantidade de coisas que eu pretendo mudar na vida daqui pra frente, e me empolgar por uma semana ou duas e depois esquecer e voltar a ficar mal. Não dessa vez. Não vou jogar nas costas o peso de ficar bem, não vou suportar essa barra sozinha, porque eu não consigo.

Hoje eu falei compulsivamente sobre o modo como me sinto em relação a vida, e foi fantástico perceber que, ao contrário do que eu pensava, me senti muito bem no final. Senti como se parte do peso tivesse sido tirado de cima de mim. Como se o simples ato de falar (não tão simples para alguém como eu) fosse capaz de mudar uma porção de coisas. E eu terminei me sentindo um pouco melhor. Bem melhor, até. De saber que tenho com quem contar, que eu tenho um amigo. Não que eu não tenha amigos, mas essa situação em especial me fez muito bem. Saber que tem alguém que me quer com tudo, com as coisas boas e as ruins. Acho que conseguiu diminuir um pouco a sensação que normalmente tenho de que não sou digna de sentimentos bons.

Eu tô cansada dessa onda de melancolia que tomou conta da minha vida nos últimos anos. Eu tinha demorado tanto pra deixar isso de lado, e eu não quero deixar tomar conta de novo. Eu não quero ser a pessoa do canto, eu não quero me deixar ser. Porque sei que está tudo na minha cabeça, e que toda impressão que acho que as pessoas tem sobre mim mora apenas no meu pensamento.

Eu sou legal. Eu sou bacana. Eu preciso seriamente me convencer disso.

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