segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Menino morto, me contagie com sua capacidade de contar histórias!

Estava escrevendo "Marina e o menino morto" no Café, mas perdi totalmente a rédea da coisa. Dá vontade de virar e falar "gente, é com vocês, escrevam aí, coloquem o que quiserem na história". O problema é que tenho uma relação forte de propriedade com meus textos. Se são meus, são meus, ninguém dá pitaco. Então fica essa história pela metade, sem o desfecho da Marina e do Rafael, sem ninguém saber se ele acha o pai ou não. Fica esse vazio de história sem final e sem nem ao menos aquela possibilidade boa de imaginar o final como a gente quer.

Eu acho que o Rafael tá vivo. É parente e tal daquele Rafael que morreu, e tem o nome em homenagem por ser muito parecido. O Rafael morto pode ser irmão gêmeo do avô dele. O avô ficou, o irmão morreu. E então Rafael e Marina se tornarão grandes amigos, e vão se casar um dia e tudo mais. Mas vai ver a história poderia não ser tão falsa assim. Vai ver essa era a história da bisavó dele, e ele é então neto do Cobra Norato, o que seria muito bonitinho. Daí no final a gente vê o casamento deles acontecendo no cemitário, e lá no fundo um menino olhando, sorrindo, feliz: O Rafael morto realmente existia, afinal, como uma espécie de guardião da coisa toda. E aí fica a pergunta: Será que em algum momento Marina estava na verdade falando com o Rafael morto e não com o vivo? Pode ser também que Marina também seja descendente de alguma lenda brasileira. A mãe ou o pai dela podem ser filhos de alguma coisa assim também. A mãe dela poderia ser filha do boto, o pai dela filho de uma guerreira amazona. Dá pra colocar todos os mitos possíveis e imagináveis na história, e deixar a coisa cada vez mais emocionante e bonitinha. Já que é pra criança mesmo.

O problema é que eu falo sobre, mas não consigo escrever. Vai ver é bloqueio, quem sabe isso passa.

http://cafeelinhas.blogspot.com

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