quinta-feira, 25 de março de 2010

Eu achava que era uma pessoa de barulho, mas tenho começado a acreditar que nasci pro silêncio.

Pro silêncio e pra uma garrafa de coca cola só minha, que eu não tenha que medir quanto bebo. E pra uma sala só minha, que eu possa ligar a tv e assistir alguma coisa ininterruptamente, no volume que quiser. E pra um banheiro só meu, que eu lave e dure limpo a semana toda. E pra uma cozinha só minha, onde eu cozinhe e coma e beba o que eu quiser. E praquela solidão com cara de domingo chuvoso que bate de vez em quando. Pra uma cama enorme e gorda onde eu possa dormir até cansar, sem ninguém pra me acordar.

Eu vivo a mais chata das solidões. A solidão impossibilitada.

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