Somos o tempo que passou, somos as horas, os dias. Somos a cinza dos cigarros nos cinzeiros espalhados por aí, que voam ao menor soprar. Somos os livros nas estantes, os mais antigos, os cheios de traças. Somos a destruição, o passar, o pesar, o penar. Somos a cólera, a doença, o fim. Somos a junção do bem e do mal, do certo e do errado. A junção do que presta, no momento exato em que estraga. Somos a hora em que o leite azeda, em que a comida vai pro lixo. Somos perecíveis, e vivemos no lixo.
Somos o início, o fim.
Somos os renegados, os excluídos.
Somos apenas aqueles que não foram.
*texto livremente inspirado nos jovens do submundo das décadas passadas*
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